XV CAMPEONATO MUNDIAL DE XADREZ Alekhine x Bogoljubow, 1934
Apesar de Alekhine estar em seu melhor momento depois de seu primeiro triunfo sobre Bogoljubov, seguiu sem querer enfrentar Capablanca e também não deu oportunidade a Nimzowitch, que havia obtido seu melhor triunfo ao ganhar o Torneio de Carlsbad, 1929, superando a Capablanca e a todos os melhores da época, inclusive Bogoljubov.
Havia alguns anos que não colocava seu Título em jogo e era necessário faze-lo. Mas enfrentar quem? Muito simples: Bogoljubov novamente! E assim aconteceu, ainda que todos os admiradores mundiais ficassem novamente decepcionados.
Bogoljubov voltou a ter facilidades financeiras por parte de Alekhine, e como contava com muitos admiradores na Alemanha, país onde havia se nacionalizado e casado, obteve o suficiente respaldo econômico. Bogoljubov pensava que voltaria a ser derrotado? Acreditamos que não, pois era um otimista incorrigível. Para entender o seu caráter, nada melhor do que narrar o que sucedeu quando lhe convidaram, em 1927, época em que Capablanca era o Campeão Mundial, a participar do Torneio de New York. Escreveu aos organizadores dizendo que: “ao invés desse ‘medíocre’ torneio, o que deveriam fazer era um encontro pelo Título Mundial entre ele e Capablanca”.
O que havia feito Bogoljubov diante do tabuleiro desde que enfrentou Alekhine, em 1929? Simplesmente nada importante, pois os torneios que havia ganhado foram de categorias secundárias e jovens como Flohr, Kashdan, Lilienthal, Euwe e outros que começavam sua ascensão ao estrelato. É verdade que havia derrotado em Gotemburgo, 1930 a Sthalberg por +3 –0 =1, mas também devemos destacar que seu rival ainda não era considerado um enxadrista de elite. Por outro lado, em Semmering, 1932, o veterano Spielmann lhe derrotou em um interessante match por +4 –3 =3, mas o que importava a Alekhine tudo isso? O importante era colocar em jogo o Título e conserva-lo.
O encontro se disputou com as mesmas condições que o anterior, ou seja, ao melhor resultado em 30 partidas e em diversas cidades da Alemanha. Para Alekhine resultou o que se chama “um passeio militar”, permitindo-se ensaiar diversas linhas de abertura. O Campeão não foi incomodado seriamente em nenhuma ocasião, pois Bogoljubov conseguiu a primeira vitória na 10ª partida, quando Alekhine já tinha a seu favor 3 vitórias. Bogoljubov não voltou a obter nenhuma vitória até a 23ª partida, mas Alekhine já contava com 7 vitórias e ainda voltou a vencer a 24ª, se impôs na 25ª e empatou a 26ª totalizando 15,5 pontos, o que lhe proclamava vencedor pelo placar de +8 –3 =15, uma diferença que, apesar de menor que a anterior, teve menos importância, já que Alekhine sempre liderou o match.
Deste match, destaca-se a primeira partida, em que Alekhine, numa posição perdida, reclamou empate por pensar que a posição havia se repetido pela terceira vez e ninguém (Bogoljubov e os árbitros) percebeu o erro.
Bogoljubov continuou jogando até pouco antes de sua morte e ganhou muitos torneios e belas partidas, assim como matches:
Adversário
Local
Ano
Placar
H. Grob
Zurich
1951
+4 –1 =1
Kieninger
Schwelm
1950
+3 –1 =4
Niephaus
Baden-Baden
1951
+5 –1 =0
Euwe
Carlsbad
1941
+2 –5 =3
Pilnik
Lucerna
1951
+1 –1 =4
Durante a II Guerra Mundial participou de numerosos torneios na Alemanha de Hitler e países ocupados, vários deles com Alekhine, motivo pelo qual foi tachado de pró-nazista e considerado um traidor pelos russos, que o excluíram dos torneios durante muitos anos.
Tinha a simpatia de muitos graças a seu caráter afável e bonachão. Um exemplo de seu bom humor aconteceu em 1950, ficou mal classificado no Torneio de Southsea, e quando lhe disseram:
- Mestre, o senhor parece que sempre joga com baixa forma na Inglaterra...
- É que nunca jogo bem em climas úmidos – respondeu.
- Mas o senhor ganhou em 1925 o Campeonato Soviético, em Leningrado, uma cidade muito úmida.
- Sim, mas somente por um ponto de vantagem.
O otimismo foi seu companheiro durante toda a vida. Em 1951, quando disputavam o Campeonato Mundial Botwinnik e Bronstein, afirmava que ele teria possibilidades ótimas de vencer o Campeão.
Como escritor merecem destaque dois magníficos livros: “A Abertura Moderna 1 d4” e o “Torneio de Moscou, 1925”, ambos escritos em alemão, língua que chegou a dominar tão bem como seu russo nativo.
Faleceu em 18Jun1952, de ataque cardíaco.
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